CHEVROLET COBALT: UM CARRO MÉDIO POR UM PREÇO RAZOÁVEL.
LIMA, F. R. F.
Em janeiro deste ano tive a oportunidade de
dirigir o novo Chevrolet Cobalt, lançado ainda em dezembro no Brasil pela
Chevrolet. Muitos, erroneamente, acham que o carro é um Agile sedan, o que é um
grande engano. O Cobalt é maior que o Agile, mas agradável, com um acabamento
melhor e ainda por cima muito mais suave na hora de dirigir.
Eu tenho um Prisma, que usa o mesmo motor 1.4
Econoflex, e o Cobalt, apesar de maior e mais pesado, surpreendeu no quesito
desempenho. O carro consegue desenvolver bem sem a necessidade de esticar as
marchas e para uma condução urbana é mais do que suficiente. Imagino que em uso
rodoviário, com o carro carregado, a situação possa não ser tão tranquila,
porque cabe tanta coisa no Cobalt que certamente ele se tornaria lento. Entretanto,
ainda seria melhor que qualquer dos carros 1.0 no mercado disponíveis na mesma
situação e certamente se sairia tão bem quanto um Logan ou um Voyage 1.6.
O conforto ao rodar do Cobalt mostra um
acerto de suspensão muito superior ao do Prisma e do Agile, estando no nível do
Astra. Rodar macio e confortável, bem ao estilo Chevrolet. O espaço interno nos
bancos dianteiros é realmente exemplar: tenho um 1,85m e fiquei distante tanto
da janela quanto do outro banco do carro, o que mostra um interior de carro
médio, com uma distância interna superior a do Peugeot 307, por exemplo, que é
considerado referência em espaço entre os hachts médios.
Em relação ao preço, o Cobalt só me
desapontou em relação a uma questão: a versão mais básica não traz de série
vidros elétricos, apesar de incluir ar condicionado e direção hidráulica. Um
sistema de vidros elétricos dianteiros numa loja “paralela” sai por menos de R$
500,00 o que mostra uma economia ridícula num carro de R$ 40 mil. Além disso, a
Chevy resolveu “agregar valor” na LTZ cobrando R$ 6 mil a mais por itens como
faróis de neblina, computador de bordo, bancos com revestimento aveludado,
rodas de liga leve (do mesmo tamanho das de aço com calotas), vidros elétricos,
e sistema de som.
Para agregar valor de verdade, ainda mais por
esta diferença de preço, faltou oferecer um motor com mais torque, uma vez que
estes itens opcionais pouco agregam de verdade na hora da revenda do carro. O
sucesso comercial do carro, entretanto, mostra que a Chevrolet conhece bem a
cabeça da maioria dos consumidores brasileiros, que dão mais valor a itens estéticos
que a refinamentos como um desempenho mais empolgante numa estrada com o carro
carregado. Não se deve negar, contudo, que o carro é muito bom mesmo,
oferecendo mais que seus concorrentes (ainda não dirigi o Versa, da Nissan),
por um preço muito parecido.
Aguardo a avaliação do Nissan Versa, já que o único "porém" que ouvi é que não há peças no Brasil. Estou trocando de carro(tenho um Fiat Siena Fire) e preciso de alguma referência.
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