VW Polo 1.2 TSI: Uma agradável surpresa

Por Fernando R. F. de Lima. 
Uma das mais agradáveis surpresas que tive em minha viagem à Europa foi conduzir o Volkswagen Polo Bluemotion 1.2 TSI, com 105 cv a 5000 rpm e 17,5 kgfm entre 1550 e 4100 rpm. A curva de torque plana em patamares elevados pode ser atribuída ao turbo de baixa inércia que atua neste pequeno, mas valente, motor. De acordo com os dados de fábrica, o 0-100 km/h é cumprido em 9,7 s e a máxima é de 190 km/h.
 Se em termos de potência 105 cv não parecem muito empolgantes, o torque abundante desde baixas rotações até perto da potência máxima fazem deste Polo um carro muito mais agradável de dirigir que o similar brasileiro com o motor 1.6 de potência e torque similar, com vantagem em economia.
Descontando o fato de que a gasolina européia não possui álcool, o que a torna pelo menos 10% mais econômica, o carro fez média de 20,48km/l no computador de bordo num percurso misto de mais de 450 km. Aqui no Brasil seria possível esperar pelo menos 18 km/l com a nossa gasolina, bem melhor que minha melhor média com um Gol 1.6, que alcançou 15,8 km/l numa distância similar no Brasil.
O significado de uma curva de torque plana é que mesmo com um câmbio de relações longas, voltado para a economia, o Polo consegue excelentes retomadas de velocidade, acelerações realmente céleres, sem que seja necessário recorrer a trocas frequentes de marcha para "tirar" o que o motor tem a oferecer. Além disso, o motor sobe de rotações rapidamente, praticamente sem esforço. 
 O Polo, há que se descontar o fato de que aquele era um carro completo, com ar condicionado, direção assistida, ABS, Air bag duplo e lateral e trio elétrico. Se em matéria de acabamento, os Volkswagens todos se parecem, a diferença em relação aos nacionais era o painel com diversas informações, como o computador de bordo com opção para dois registros, medição de consumo médio, instantâneo, odômetro parcial, total, velocidade média e atual, além do controlador de velocidade e de um interessante sistema que informa o momento ideal para troca de marchas, tanto ascendentes quanto em reduções. Interessante também o sistema star-stop, que ao parar num semáforo com o câmbio desengatado fazia o carro automaticamente desligar, religando ao pressionar a embreagem para arrancar novamente. Além disso, este mesmo sistema impedia que o carro apagasse involuntariamente e ainda contava com auxílio para arrancadas em subidas, mesmo sendo um carro manual.
Tudo isso a partir de 16 mil euros, o que é menos que se pede por um carro apenas justo aqui no Brasil. Um Gol Power completo custa mais que isso por aqui, sem oferecer os air bags laterais, o sistema start-stop ou ainda o excelente motor 1.2 TSI. Fica mais esta saudade de um passeio magnífico pela Europa.






Comentários

  1. Eu sou apixonado pelo VW Polo, apesar de ter tido contato com ele apenas de terceiros. A mã da minha ex tinha um e era basicamente eu que o dirigia. Dizem que é o único carro da VW, além do Jetta, que se vende pela Europa. Verdade?

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  2. Na verdade o Polo europeu está uma geração a frente do nosso. E ele é realmente superior em vários aspectos. Só o Jetta novo é vendido aqui e lá.

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