VW Polo 1.2 TSI: Uma agradável surpresa
Uma das mais agradáveis surpresas que tive em minha viagem à Europa foi conduzir o Volkswagen Polo Bluemotion 1.2 TSI, com 105 cv a 5000 rpm e 17,5 kgfm entre 1550 e 4100 rpm. A curva de torque plana em patamares elevados pode ser atribuída ao turbo de baixa inércia que atua neste pequeno, mas valente, motor. De acordo com os dados de fábrica, o 0-100 km/h é cumprido em 9,7 s e a máxima é de 190 km/h.
Se em termos de potência 105 cv não parecem muito empolgantes, o torque abundante desde baixas rotações até perto da potência máxima fazem deste Polo um carro muito mais agradável de dirigir que o similar brasileiro com o motor 1.6 de potência e torque similar, com vantagem em economia.
Descontando o fato de que a gasolina européia não possui álcool, o que a torna pelo menos 10% mais econômica, o carro fez média de 20,48km/l no computador de bordo num percurso misto de mais de 450 km. Aqui no Brasil seria possível esperar pelo menos 18 km/l com a nossa gasolina, bem melhor que minha melhor média com um Gol 1.6, que alcançou 15,8 km/l numa distância similar no Brasil.
O significado de uma curva de torque plana é que mesmo com um câmbio de relações longas, voltado para a economia, o Polo consegue excelentes retomadas de velocidade, acelerações realmente céleres, sem que seja necessário recorrer a trocas frequentes de marcha para "tirar" o que o motor tem a oferecer. Além disso, o motor sobe de rotações rapidamente, praticamente sem esforço.
O Polo, há que se descontar o fato de que aquele era um carro completo, com ar condicionado, direção assistida, ABS, Air bag duplo e lateral e trio elétrico. Se em matéria de acabamento, os Volkswagens todos se parecem, a diferença em relação aos nacionais era o painel com diversas informações, como o computador de bordo com opção para dois registros, medição de consumo médio, instantâneo, odômetro parcial, total, velocidade média e atual, além do controlador de velocidade e de um interessante sistema que informa o momento ideal para troca de marchas, tanto ascendentes quanto em reduções. Interessante também o sistema star-stop, que ao parar num semáforo com o câmbio desengatado fazia o carro automaticamente desligar, religando ao pressionar a embreagem para arrancar novamente. Além disso, este mesmo sistema impedia que o carro apagasse involuntariamente e ainda contava com auxílio para arrancadas em subidas, mesmo sendo um carro manual.
Tudo isso a partir de 16 mil euros, o que é menos que se pede por um carro apenas justo aqui no Brasil. Um Gol Power completo custa mais que isso por aqui, sem oferecer os air bags laterais, o sistema start-stop ou ainda o excelente motor 1.2 TSI. Fica mais esta saudade de um passeio magnífico pela Europa.
Eu sou apixonado pelo VW Polo, apesar de ter tido contato com ele apenas de terceiros. A mã da minha ex tinha um e era basicamente eu que o dirigia. Dizem que é o único carro da VW, além do Jetta, que se vende pela Europa. Verdade?
ResponderExcluirNa verdade o Polo europeu está uma geração a frente do nosso. E ele é realmente superior em vários aspectos. Só o Jetta novo é vendido aqui e lá.
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