VIAJANDO PELA PATAGÔNIA –PARTE 2 – EQUIPAMENTOS
Por
Fernando Raphael Ferro.
Uma das etapas mais empolgantes de
uma viagem, que para alguns também é a mais estressante, é a da escolha do que
levar. Eu particularmente adoro escolher os equipamentos que irão compor minha
bagagem. Isso além da escolha do meio de transporte, obviamente.
Como disse no Prólogo, minha escolha
foi viajar de Jipe. O equipamento mais básico de minha viagem era meu Suzuki
Jimny 4Sun, 2016/2016 que no dia 25 de dezembro estava com aproximadamente 10.500
km. Recentemente eu havia feito a revisão de 10 mil quilômetros, o rodízio de
pneus e o balanceamento. Providenciei também uma cristalização dos vidros. Fora
isso, o carro era (e é), 100% original, exatamente igual ao dia em que saiu da
fábrica.
O próprio Jimny, sendo o veículo
versátil que é, me permitiu incluir em meu planejamento estradas que eu não
colocaria caso fosse com um automóvel 4x4. Assim, encarei trechos de rípio sob
chuva, andei por dunas e no cascalho grosso das praias dos mares do sul, assim
como margeie rios na região dos lagos nos Andes patagônicos de uma forma que
jamais faria no meu carro anterior, um VW Up!. Mas o Jimny, também impõem algumas
limitações de espaço, em virtude de seu tamanho diminuto. No entanto, como
viajávamos em dois, o espaço disponível era mais que suficiente.
Como optamos por dividir nossa
hospedagem entre hotéis, hostels e campings, tive que preparar uma mala
específica para acampamento. Numa bolsa de 65 litros agrupei minha Barraca, da
Quechua, para duas pessoas, dois isolantes térmicos, um colchão inflável de
casal, uma lona de 4x3 metros e a bomba de pé para encher o colchão inflável.
Na Bolsa de assalto de 15 litros consegui agrupar dois sacos de dormir com
temperatura limite de 25ºC e um saco de dormir com temperatura limite de 15ºC.
Levei ainda um outro saco de 15ºC solto no carro e um cobertor enrolado e
amarrado numa corda elástica. Também levei um compressor elétrico de 12 v, para
o caso de ter que alterar a calibragem dos pneus em meio a rodovia, e uma caixa
de ferramentas com lanterna, martelo, chave de boca, chave de fenda e phillips.
Duas pequenas lanternas a dínamo também estavam neste equipamento.
Como
bagagem pessoal, levei uma mochila de 60 litros com toda minha roupa e três
toalhas e minha namorada levou uma mala gigantesca com suas roupas. Levei ainda
uma mochila de 40 litros praticamente vazia, como medida extra para caso
necessário carregar algo em caminhadas ligeiras, e meu equipamento fotográfico,
consistindo numa câmera, três conjuntos de lente, uma go pro, e um tripé. Para
navegação, levei um mapa da Argentina e Chile que eu tinha desde 2009 e também
um GPS Garmim Montana 610, que foi extremamente útil ao longo de todo o
percurso. Um carregador automotivo com três saídas USB deu conta de toda a
energia que precisamos ao longo da viagem. Eu levei ainda um canivete, que não
usei nenhuma vez.
Não
foi necessário levar combustível extra, nem galões para isso. Se vocês
observarem bem o mapa da Argentina, há cidades ao longo de todo o percurso, e
dificilmente ficamos mais 200 km sem encontrar um posto de combustível. Aliás,
em território argentino é proibido transportar combustível no veículo, de modo
que isso é uma boa razão para não levar galões extra. O Jimny tem um tanque
pequeno, de apenas 40 litros, e sua autonomia, com uma margem de segurança,
fica em cerca de 400 km. Mesmo assim não passamos aperto na estrada.
DICA:
GPS Garmim Montana 610 e o mapa de papel ao lado |
Quando
for fazer uma viagem deste porte, leve, sempre que possível, mapas em papel,
além de um GPS específico para navegação. Por mais que os GPS de celular seja
um recurso valioso, ainda mais com softwares que gravam rotas off line, o
hardwares dos smartphones não é tão confiável, podendo te deixar sem sinal de
GPS em situações específicas. Um bom modelo da Garmim é muito útil nestas
horas, e um valioso investimento, principalmente para quem viaja bastante, faz
trilhas, e gosta de explorar novos caminhos.
Prezados. Feliz 2021 !
ResponderExcluirHá anos venho planejando uma viagem ao fim do mundo... Em 2004 comecamos a fazer a viagem mas tivemos que voltar do norte da Argentina por conta de trabalho.
Este ano tenho intençao de ir ao Jalapão no 2o semestre e depois Ushuaia.
Obrigado pelas informações no seu blog.
Comecei a ler seu relato de locais visitado mas o relato parou no meio.... Voces escreveram mais coisas, podem postar o link ou me passarem informações para adorojipe gmail com?
Obrigado